sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

24 Horas - Sétima Temporada

A série 24 Horas foi ao ar pela primeira vez nos Estados Unidos em novembro de 2001, pouco depois dos atentados de 11 de setembro. Retrógrada em alguns aspectos e inovadora em outros, a série conseguiu seu lugar na Panteão dos grandes shows da Fox. Sua grande inovação foi investir na ação em tempo real. Cada temporada se passa em apenas um dia, logo possui 24 episódios de uma hora cada. Se uma ação demorou 5 minutos para ocorrer no relógio de quem está vendo a série, também levou 5 minutos para acontecer por lá.

A Primeira Temporada investe na possibilidade de um atentado ao primeiro candidato negro com possibilidades de vencer as eleições para presidente dos Estados Unidos. De certa forma, 24 Horas foi profeta nesse aspecto, já que houve dois presidentes negros na série antes de Barack Obama chegar à presidência.

O personagem principal da série, Jack Bauer, é um dos mais famosos e controvertidos da atualidade. Ao longo das temporadas, vemos que Bauer utiliza métodos que não respeitam de forma alguma os Direitos Humanos, como a tortura e o desrespeito à lei. Porém, com suas ações, o agente da UCT (Unidade Contra-Terrorismo) consegue salvar milhares de vidas, prender terroristas, evitar explosões de bombas atômicas em solo norte-americano e etc. Está lançada a polêmica: as ações de Jack são justificáveis nesses casos? De certa forma, as seis primeiras temporadas de 24 Horas corresponderam aos oito anos de Doutrina Bush, em que terroristas eram tratados às margens das leis e a tortura era legítima. Agora, somos confrontados com os fantasmas do passado.

A sétima temporada começa exatamente desta forma (lembrando que ela foi precedida por um filme lançado diretamente na TV e em DVD, 24 Horas:Redenção). Mais uma vez na rota da inovação, quem ocupa a presidência dos Estados Unidos é uma mulher. A CTU foi desmantelada, e os crimes que ocorreram na época da agência estão sendo investigados; Jack Bauer é réu em uma ação no Senado norte-americano. Nesse sentido, a série está em paralelo com o momento histórico em que vivemos, já que Barack Obama parece disposto a revogar as práticas do governo Bush e a ampliar a transparência do governo.

A ação, entretanto, começa quando uma nova ameaça terrorista surge em solo americano e o FBI pede a ajuda de Jack Bauer no caso. Mais uma vez seremos jogados no turbilhão de acontecimentos, escritórios, terrorismo, reuniões presidenciais e conspirações do mundo de 24 Horas. É certo que vários elementos presentes nesse ano já foram explorados no passado, mas há algumas inovações salutares à série.

Até o momento só assisti aos dois primeiros episódeos da sétima temporada, que está sendo exibida nos EUA, então conforme for assistindo, colocarei minhas impressões neste Blog. Inicialmente, vemos como vilão o outrora grande amigo e companheiro de trabalho de Jack Bauer, Tony Almeida. Essa abordagem ficou ótima, pois coloca Jack em confronto consigo mesmo. Mas só no futuro saberemos o que a série nos esconde, o roteiro sempre tem reviravoltas.

Como está sob ordens do FBI, Jack está "trabalhando" com uma parceira, uma agente do FBI muito bem interpretada por Annie Wersching. Por enquanto, ela está sendo um contraponto de Jack, uma garantia de que ele não use seus métodos conhecidos do grande público. Mas isso não a faz uma agente inconsistente, pelo contrário, ela é, como se diz, "porreta"! Tomara que a parceria continue ao longo da temporada, está muito bom ver Mulder e Scully do século XXI.

Outra linha que pode ser bem explorada nesta temporada é a da presidência. O marido da presidente pode gerar uma linha muito boa, o que acredito que já está acontecendo. As relações entre a presidente dos Estados Unidos e o "primeiro-homem" podem gerar bons conflitos dramáticos, o que sempre foi um diferencial de 24 Horas ao misturar ação intensa e drama.

Por enquanto é só, mas esperem por mais. A sétima temporada só acaba nos Estados Unidos dia 25 de Maio. Há muito tiro pela frente.

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